O que é e como funciona o salário-maternidade para a segurada com deficiência: é o benefício previdenciário que assegura pagamento durante o afastamento por nascimento, adoção ou guarda, exigindo qualidade de segurada e documentação (certidão, laudo médico e comprovantes de contribuição); o valor segue a média das contribuições ou o salário contratual, por norma do INSS.
O que é e como funciona o salário-maternidade para a segurada com deficiência pode parecer confuso — eu sei, a burocracia assusta. Quer saber quem tem direito, por quanto tempo e quais documentos levar? Aqui explico de forma prática e direta.
Quem tem direito: critérios para a segurada com deficiência
A segurada com deficiência tem direito ao salário-maternidade quando mantém a qualidade de segurada no INSS e atende aos requisitos da sua categoria (empregada, trabalhadora avulsa, contribuinte individual, microempreendedora ou segurada especial).
Quem é considerado segurada
São seguradas as pessoas que contribuem para a Previdência Social ou que possuem vínculo empregatício formal. A condição de deficiência não afasta o direito; o importante é comprovar vínculo ou as contribuições exigidas.
Requisitos por categoria
Os requisitos variam conforme a categoria:
- Empregada com carteira: costuma não exigir carência, basta comunicar e apresentar documentação do parto ou adoção.
- Contribuinte individual/MEI: pode precisar comprovar período mínimo de contribuições; verifique o tempo exigido no momento do pedido.
- Segurada especial: exige comprovação das atividades rurais ou familiares e, em alguns casos, períodos de contribuição específicos.
Documentos e prova da deficiência
Além dos documentos comuns (RG, CPF, carteira de trabalho, certidão de nascimento do bebê ou termo de guarda), pode ser solicitado um laudo médico que ateste a deficiência quando esta interferir no atendimento ou no afastamento. Leve relatórios, prescrições e exames que mostrem necessidades especiais.
Situações especiais
Se a gestação envolver risco, se houver parto prematuro, adoção ou gravidez por reprodução assistida, os critérios e prazos podem variar. Em caso de dúvidas, solicite orientação do INSS ou de um serviço de assistência social para garantir todos os direitos.
Procure sempre confirmar a documentação exigida para sua categoria e, se possível, agende atendimento com antecedência. Ter os documentos médicos e previdenciários organizados facilita o reconhecimento do benefício e reduz o tempo de espera.
Como calcular o valor e a duração do benefício

Para calcular o valor e a duração do salário-maternidade é preciso considerar sua categoria previdenciária e o histórico de remunerações ou contribuições. O período padrão de afastamento costuma ser de 120 dias, mas há variações conforme circunstâncias específicas.
Como é calculado por categoria
- Empregada com carteira (CLT): recebe o valor integral da sua remuneração contratual durante o período do benefício. O empregador costuma pagar e ser reembolsado pelo INSS.
- Contribuinte individual, MEI e facultativa: o benefício corresponde à média dos salários de contribuição registrados. Normalmente considera-se a média das remunerações declaradas nos meses anteriores ao afastamento; use os comprovantes de pagamento para calcular essa média.
- Segurada especial (rural): o cálculo é feito com base na comprovação da atividade rural e na renda declarada; os critérios específicos seguem as regras do INSS para segurada especial.
Fórmula prática
Uma forma simples de estimar o valor é: valor do benefício ≈ média dos salários de contribuição (ou o salário contratual, no caso de empregadas). Exemplo prático: se a média das contribuições for R$ 1.200,00, espere um benefício por esse montante durante o período estabelecido.
Exceções e prorrogações
Algumas situações podem alterar duração ou pagamento: parto prematuro, complicações de saúde, adoção de recém-nascido e processos de reprodução assistida. Nesses casos, a liberação de dias adicionais ou ajustes no início do benefício depende de laudo médico e análise do INSS.
Como confirmar o valor antes de pedir
Verifique seu CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) para conferir remunerações registradas, reúna contracheques, guias de recolhimento e laudos médicos se houver. Use o simulador do INSS ou solicite atendimento para obter o cálculo oficial antes de protocolar o pedido.
Manter documentos organizados e consultar o extrato de contribuições facilita o reconhecimento do direito e reduz o risco de diferenças entre o valor esperado e o pago.
Documentos e passos para solicitar o salário-maternidade
Antes de solicitar o benefício, organize os documentos e confira seu cadastro no INSS (CNIS).
Documentos necessários
- Identificação: RG e CPF.
- Prova de vínculo ou contribuição: carteira de trabalho, contracheques, guias de recolhimento (GPS) ou comprovante MEI.
- Certidão do bebê ou termo de guarda: certidão de nascimento, termo de guarda ou documento de adoção.
- Laudo médico e relatórios: documentos que atestem a deficiência, exames, prescrições e relatórios de profissionais de saúde.
- Comprovantes adicionais: comprovante de residência, CNIS impresso e documentos que provem atividade rural para segurada especial.
Passo a passo para solicitar
- Acesse gov.br e faça login ou crie uma conta gov.br.
- Entre no Meu INSS pelo site ou app e consulte seu CNIS para confirmar contribuições.
- Escolha “Requerer benefício” e selecione “Salário-maternidade”.
- Anexe os documentos digitalizados em boa qualidade (PDF ou JPG legível).
- Se houver exigência, responda ao pedido na própria plataforma ou entregue no atendimento agendado.
- Acompanhe o andamento pelo protocolo e pelo Meu INSS; guarde o número do requerimento.
Dicas práticas
Digitalize documentos com boa resolução e nomeie arquivos para facilitar a identificação. Tenha à mão o laudo médico e relatórios que expliquem necessidades específicas da segurada com deficiência. Se o pedido for indeferido, verifique a exigência detalhada e apresente novos documentos ou procure atendimento jurídico ou previdenciário.
Quando for necessário atendimento presencial, agende com antecedência e leve cópias físicas além das digitais. Manter tudo organizado reduz o tempo de análise e aumenta a chance de reconhecimento do benefício.
Casos especiais: gestação de risco, parto adotivo e retorno ao trabalho

Em situações especiais como gestação de risco, adoção ou retorno ao trabalho, é essencial entender os direitos e os passos práticos para garantir o salário-maternidade sem surpresas.
Gestação de risco e parto prematuro
Quando há risco na gestação, um laudo médico pode antecipar ou prorrogar o afastamento. Em caso de parto prematuro, o período de benefício normalmente começa na data do parto ou quando o médico indicar, e pode haver dias adicionais conforme a gravidade.
Leve relatórios, exames e o encaminhamento do obstetra ao solicitar o benefício. Isso agiliza a análise e reduz exigências do INSS.
Parto adotivo
Para a mãe adotiva, o salário-maternidade é requerido mediante apresentação do termo de guarda ou da sentença judicial de adoção. O direito costuma ser similar ao do parto, mas a duração pode variar conforme a legislação e a idade da criança.
Organize documentos como termo de guarda, certidão provisória e decisão judicial; faça o requerimento pelo Meu INSS assim que a adoção for efetivada.
Comunicação ao empregador
Informe o RH ou o empregador assim que tiver data estimada de afastamento ou o documento de adoção. Envie laudos e atestados em tempo hábil para que a empresa providencie registro e, quando for o caso, peça reembolso ao INSS.
Retorno ao trabalho e adaptações
Ao retornar, avalie necessidades de adaptação no ambiente de trabalho. Para a segurada com deficiência, solicite adaptações razoáveis — cadeira adequada, alteração de jornada ou teletrabalho, se possível.
Converse com o médico e o RH sobre o laudo e as recomendações. Registre por escrito pedidos de adaptação e respostas da empresa para documentar acordos.
O que fazer em caso de negativa ou atraso
Se o benefício for negado ou demorar, verifique a exigência no portal do INSS e junte documentos faltantes. Procure orientação jurídica, sindicato ou os serviços de assistência social para recorrer ou entrar com recurso administrativo.
Manter cópias digitalizadas e físicas de todos os documentos facilita recursos e comprovações.
Resumo e próximos passos
O salário-maternidade para a segurada com deficiência protege sua renda desde que esteja com a qualidade de segurada e apresente os documentos exigidos. Verifique sua categoria, confira o CNIS e reúna certidão do bebê, laudo médico e comprovantes de contribuição.
Solicite pelo Meu INSS, anexe arquivos legíveis e acompanhe o protocolo. Em caso de exigência, atraso ou indeferimento, procure orientação no INSS, sindicato ou assistência jurídica. Manter os documentos organizados e buscar apoio prático facilita o reconhecimento do benefício.
FAQ – salário-maternidade para a segurada com deficiência
Quem tem direito ao salário-maternidade sendo segurada com deficiência?
Tem direito quem mantém a qualidade de segurada no INSS, seja por vínculo empregatício ou por contribuições regulares, independentemente da deficiência, observadas as regras da categoria.
Quais documentos são essenciais para solicitar o benefício?
RG, CPF, CNIS ou comprovantes de contribuição, certidão de nascimento ou termo de guarda, carteira de trabalho ou comprovantes de atividade rural e laudo médico que comprove a deficiência quando necessário.
Qual a duração do salário-maternidade para esses casos?
O período padrão é de 120 dias, mas pode haver variações em casos de parto prematuro, risco na gestação ou adoção; prorrogações dependem de laudos e análise do INSS.
Como é calculado o valor do benefício para contribuintes individuais ou MEI?
O valor costuma ser a média dos salários de contribuição registrados no CNIS; para MEI, considera-se a base de contribuição declarada. Verifique o extrato para confirmar a média.
Como solicitar o salário-maternidade pelo Meu INSS?
Acesse gov.br, entre no Meu INSS, selecione “Requerer benefício” e escolha “Salário-maternidade”, anexe os documentos digitalizados e acompanhe o protocolo pelo portal ou app.
O que fazer se o pedido for negado ou houver atraso no pagamento?
Verifique a exigência no portal, junte os documentos faltantes e recorra administrativamente. Procure assistência jurídica, sindicato ou serviço de assistência social para orientação e recursos.

