Tenho duas doenças: aumenta a chance se a combinação causar incapacidade laboral comprovada; o INSS avalia efeito cumulativo, interação entre condições e provas (laudos, exames, afastamentos); organize laudos funcionais com relato funcional claro, exames atualizados e documentos laborais, incluindo registros de tratamento, para fortalecer o pedido.
Tenho Duas Doenças: Isso Aumenta a Chance de Conseguir o Benefício? Se essa dúvida te acompanha, calma: aqui explico, com exemplos simples, quando a combinação de condições conta a favor — e o que você precisa provar para o INSS. Pronto para entender os sinais que realmente importam?
Como o INSS avalia múltiplas doenças
A perícia médica do INSS avalia a capacidade de trabalho, não apenas a existência de cada doença. O perito analisa como os sintomas e tratamentos afetam o dia a dia profissional e a possibilidade de exercer funções.
O que pesa na avaliação
- Grau de incapacidade para o trabalho: limitações físicas ou cognitivas que impedem funções essenciais.
- Exames e laudos: imagens, exames laboratoriais e relatórios de especialistas.
- Histórico clínico e tempo de afastamento: recorrência, progressão e resposta ao tratamento.
- Relação com o trabalho (nexo): se as doenças pioram com as atividades laborais.
Como as doenças se somam
O INSS considera o conjunto de condições: duas ou mais doenças podem se complementar e aumentar a incapacidade mesmo que, isoladamente, não fossem suficientes. Por exemplo, dor crônica somada a transtorno do sono pode reduzir a resistência física e a concentração, dificultando atividades repetitivas.
Documentos e provas que fortalecem o pedido
- Relatórios médicos atualizados com CID e descrição funcional.
- Exames complementares (imagem, exames laboratoriais) que confirmem alterações.
- Receitas, laudos de especialistas, prontuário e atestados de afastamento.
- Registro de tratamentos e terapias, medicamentos em uso e evolução clínica.
- Declaração do empregador sobre funções exercidas e limitações observadas.
Na perícia, descreva claramente o que você não consegue fazer e mostre evidências. Leve documentos originais e relatórios recentes. Se o pedido for negado, é possível recorrer e buscar orientação jurídica para organizar provas adicionais.
Quais documentos e provas ajudam a fortalecer o pedido

Reúna todos os documentos que comprovem tanto o diagnóstico quanto a limitação no trabalho. Foque em itens que mostrem como as doenças afetam tarefas diárias e a rotina profissional.
Principais documentos
- Laudos médicos com CID, data, descrição funcional e assinatura com CRM. Relatórios de especialistas (neurologista, reumatologista, psiquiatra) são essenciais.
- Exames complementares: ressonância, tomografia, exames laboratoriais e eletroneuromiografia que comprovem alterações objetivas.
- Atestados e receitas com datas e duração do tratamento. Inclua prescrições atuais e registro de medicação contínua.
- Prontuário e relatórios de atendimento que mostrem histórico, evolução e tentativas de tratamento.
- Documentos laborais: PPP, CAT, declaração do empregador sobre funções e relatórios de afastamento.
Como organizar as provas
Separe originais e cópias. Monte um índice simples e coloque documentos em ordem cronológica. Destaque, com post‑it ou resumo, trechos que mostram limitações funcionais. Leve cópias extras na perícia.
Exames e laudos que fortalecem o pedido
- Imagens que comprovem lesões estruturais (ressonância, tomografia).
- Exames que mostrem impacto funcional (eletroneuromiografia, testes de função).
- Avaliações psiquiátricas ou cognitivas quando houver transtornos mentais que afetem o trabalho.
- Laudos que descrevam incapacidades específicas, não apenas o diagnóstico isolado.
Provas complementares e atitudes práticas
Cartas de colegas ou supervisores descrevendo tarefas e limitações ajudam. Fotos de adaptações ou incapacidades visíveis podem ser úteis. Guarde comprovantes de sessões de fisioterapia, terapia ocupacional ou procedimentos. Se possível, solicite um laudo funcional que explique, em termos práticos, o que você não consegue mais fazer.
Na perícia, descreva com clareza as atividades que você não realiza mais e como as doenças afetam seu dia. Mantenha tudo atualizado e organizado para facilitar a avaliação.
Quando duas doenças podem aumentar a chance de benefício
Duas doenças podem aumentar a chance de benefício quando a combinação reduz de forma clara a capacidade de trabalhar, mesmo que cada condição isolada fosse insuficiente.
Quando a soma é considerada
- Efeito cumulativo: sintomas que se somam e pioram a resistência, mobilidade ou atenção.
- Interação negativa: tratamento de uma doença que agrava a outra (por exemplo, medicação que causa fadiga ou sonolência).
- Comprometimento de atividades essenciais: incapacidade para levantar peso, concentração prolongada ou realizar movimentos repetitivos exigidos pela função.
- Doença física + transtorno mental: depressão ou ansiedade podem amplificar a incapacidade gerada por uma condição crônica.
Evidências que demonstram impacto funcional
- Relatórios médicos descrevendo limitações práticas nas atividades diárias e laborais.
- Exames complementares que provem lesões ou disfunções (imagens, testes funcionais).
- Laudos que expliquem a interação entre as doenças, não apenas diagnósticos separados.
- Registros de afastamentos e repetição de atestados que mostrem incapacidade persistente.
Quando a combinação pode não ser suficiente
- Se os sintomas são leves e não afetam tarefas essenciais do trabalho.
- Quando não há evidências objetivas ou laudos que relacionem as limitações ao trabalho.
- Se tratamentos comprovadamente eficazes não foram tentados ou documentados.
O que fazer na prática
- Peça ao médico um laudo funcional que descreva o que você não consegue fazer no trabalho.
- Organize exames e prontuários por data e destaque trechos que comprovem limitações.
- Registre afastamentos, consultas e tratamentos; leve testemunhas ou declarações do empregador se possível.
- Considere avaliação funcional ocupacional ou perícia particular para reforçar o caso.
- Se negado, reúna provas adicionais antes de recorrer: atualização de laudos e exames recentes aumentam a chance de sucesso.
Passo a passo: como organizar seu pedido ao INSS

Reúna primeiro todos os documentos médicos e laborais que comprovem diagnóstico e limitação. Organizar antes de ir ao INSS facilita a perícia e aumenta a clareza do seu pedido.
Documentos essenciais
- Laudos médicos com CID, data, descrição funcional e assinatura com CRM.
- Exames complementares: ressonância, tomografia, eletroneuromiografia, exames laboratoriais.
- Atestados, receitas e comprovantes de tratamento com datas.
- Prontuário e relatórios de atendimentos que mostrem evolução clínica.
- Documentos laborais: PPP, CAT, declaração do empregador e registros de afastamento.
- Laudo funcional ou parecer ocupacional que descreva as limitações práticas.
Como organizar na prática
- Separe originais e cópias; leve originais para conferência e cópias para entrega.
- Monte um índice simples com títulos e datas para cada documento.
- Coloque os papéis em ordem cronológica, do mais antigo ao mais recente.
- Destaque trechos relevantes nos laudos que mostrem limitações (use post‑it ou marcadores).
- Digitalize os documentos e mantenha cópias em um pen drive ou nuvem para emergências.
- Faça um resumo por escrito do que você não consegue mais fazer no trabalho, com exemplos práticos.
Dicas para a perícia médica
- Chegue com antecedência e leve toda a documentação organizada.
- Seja objetivo: descreva atividades que você parou de realizar e por que.
- Apresente evidências (exames, atestados, relatórios) que confirmem suas limitações.
- Leve medicamentos e relatórios de tratamentos em curso.
- Mantenha postura calma e responda com clareza às perguntas do perito.
Se o pedido for negado
- Verifique o motivo da negativa e prazos para recurso.
- Atualize exames e peça novo laudo funcional se necessário.
- Considere perícia particular ou pareceres de especialistas para reforçar o caso.
- Organize novas provas antes de protocolar o recurso: relatórios recentes, declaração do empregador e registros de afastamento.
Conclusão
Tenho Duas Doenças: Isso Aumenta a Chance de Conseguir o Benefício? Nem sempre é automático, mas a combinação pode aumentar as chances se houver provas claras do impacto no trabalho.
Organize laudos, exames e documentos em ordem cronológica e apresente um resumo objetivo das atividades que você não consegue mais realizar.
Peça um laudo funcional ao médico e, se necessário, busque orientação jurídica ou perícia particular antes de recorrer a uma negativa.
Manter tudo documentado e atualizado é a atitude mais prática para reforçar seu pedido ao INSS.
FAQ – Duas doenças e pedido de benefício ao INSS
Ter duas doenças garante o benefício do INSS?
Não garante automaticamente. A combinação pode aumentar a chance se houver provas claras de impacto funcional que impeçam o trabalho.
Quais documentos devo levar para fortalecer meu pedido?
Laudos com CID e descrição funcional, exames por imagem e laboratoriais, atestados, prontuário e documentos laborais como PPP e declarações do empregador.
O que é um laudo funcional e como pedi-lo?
É um relatório que descreve o que você não consegue fazer no trabalho. Peça ao seu médico ou especialista para detalhar limitações práticas e atividades comprometidas.
Como provar que as doenças interagem e agravem a incapacidade?
Peça ao médico que explique a interação entre condições, mostre exames que confirmem disfunção e junte registros de tratamento e afastamentos que evidenciem piora.
O que fazer se o pedido for negado?
Verifique o motivo da negativa, atualize exames e laudos, considere perícia particular ou orientação jurídica e reúna novas provas antes de recorrer.
Doença física somada a transtorno mental aumenta as chances?
Sim. Depressão ou ansiedade podem amplificar limitações físicas e reduzir capacidade laboral, desde que existam laudos e evidências que comprovem esse impacto.

